Mais um poeta americano que fiquei a conhecer ao reler «Nenhum homem é estrangeiro», de Joseph North.
O negro fala sobre rios
Conheço rios:
Conheço rios antigos como o mundo e mais velhos que o fluxo de sangue humano em veias humanas.
A minha alma tornou-se profunda como os rios.
Banhei-me no Eufrates quando as auroras eram jovens.
Construí minha cabana nas margens do Congo e ele embalou o meu sono.
Contemplei o Nilo e ergui as pirâmides a sombreá-lo.
Ouvi o canto do Mississippi quando Abe Lincoln desceu até New Orleans, e vi seu colo enlameado tornar-se ouro ao pôr-do-sol.
Conheço rios:
Antigos, cinzentos rios.
A minha alma tornou-se profunda como os rios.
Poema de Langston Hughes
Mais informação sobre Langston Hughes pode ser lida aqui.
2 comentários:
Não conhecia esse autor e muito menos esse belo poema. Mas ainda bem que leio o CADERNO SEM CAPA porque aí aprendo muitas coisas.
Um beijo, Eduardo.
Subscrevo o comentário anterior, substituindo o beijo por um abraço, embora não fosse de todo indispensável.
Reitero o abraço
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