10/04/11

Langston Hughes (1902-1967)

Mais um poeta americano que fiquei a conhecer ao reler «Nenhum homem é estrangeiro», de Joseph North.

O negro fala sobre rios

Conheço rios:


Conheço rios antigos como o mundo e mais velhos que o fluxo de sangue humano em veias humanas.


A minha alma tornou-se profunda como os rios.


Banhei-me no Eufrates quando as auroras eram jovens.


Construí minha cabana nas margens do Congo e ele embalou o meu sono.


Contemplei o Nilo e ergui as pirâmides a sombreá-lo.


Ouvi o canto do Mississippi quando Abe Lincoln desceu até New Orleans, e vi seu colo enlameado tornar-se ouro ao pôr-do-sol.


Conheço rios:


Antigos, cinzentos rios.


A minha alma tornou-se profunda como os rios.


Poema de Langston Hughes


Mais informação sobre Langston Hughes pode ser lida aqui.


2 comentários:

Graciete Rietsch disse...

Não conhecia esse autor e muito menos esse belo poema. Mas ainda bem que leio o CADERNO SEM CAPA porque aí aprendo muitas coisas.

Um beijo, Eduardo.

Sérgio Ribeiro disse...

Subscrevo o comentário anterior, substituindo o beijo por um abraço, embora não fosse de todo indispensável.

Reitero o abraço