Entre os livros de que somos depositários (o plural refere-se à minha família), contam-se os três tomos cujas capas abaixo se reproduzem.
Em 1929, foi editado em Lisboa «O Imperialismo, Estádio Supremo do Capitalismo», obra de referência escrita por Lénine uma dúzia de anos antes.
Foi publicado em três tomos com o preço de capa de 2$50 cada um.
Nas páginas 63 e 64 do segundo tomo, no capítulo intutalado «A partilha do mundo entre as grandes potências» pode ler-se:
"Portugal oferece-nos o exemplo uma forma diferente de dependencia financeira e diplomática coincidindo com a indepedencia política. Portugal é um Estado soberano. Mas, de facto, está há mais de dois séculos, desde a guerra da sucessão de Espanha (1700-1740), sob o protecturado britanico. A Inglaterra defendeu Portugal e as suas colónias para fortificar as suas posições contra a Espanha e a França. Recebeu em troca vantagens comerciais, privilegios para as suas importações de mercadorias, e sobretudo de capitais, em Portugal e nas colonias portuguesas, o direito de usar dos portos e dos estabelecimentos insulares de Portugal, dos seus cabos telegraficos, etc. - (Schilder, I, pp.160 e 161).
Houve sempre, entre pequenos e grandes Estados, relações deste género. Mas, na epoca do imperialismo capitalista, tornam-se um sistema geral, um elemento essencial da política de partilha do mundo um dos aneis da cadeia das operações do capital financeiro mundial."
Ultrapassado?
1 comentário:
Ultrapassado? Tal qual o Marx. É o que eu ouço dizer a muitas pessoas bem instaladas na vida e que um dia se disseram comunistas. Onde aprenderam a lição? Beijos Eduardo e mais uma vez parabens.
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