24/08/09

ARTE URBANA EM PONTE DE LIMA?

Na minha opinião, este acordeonista de granito, implantado há alguns anos, é um elemento valorizador do espaço da vila de Ponte de Lima, que pode bem comparar-se à velhinha e sempre jovem mulher do cântaro instalada, há décadas, numa fonte atrás da torre da cadeia velha.

São produções do artesanato local que, pela matéria-prima, pelo tema, pelas dimensões e pela localização, dã0 vida ao espaço, dialogando serenamente com os elementos envolventes.

Lamento não poder dizer o mesmo duma quantidade de “lindinhos” que, nos últimos anos, têm vindo a proliferar no centro da vila e do outro lado do Lima.
O conde do chapéu ao lado, o touro musculado, o cardeal sentado e seus candeeiros, os romanos coloridos a pé e a cavalo, a rainha do foral, a fadista das lavadeiras e, muito recentemente, os oito folclóricos das Feiras Novas são peças de gosto bastante duvidoso.

Parecem-me ter como principal objectivo entreter os excursionistas, que vão descobrindo as novidades e vão tirando fotografias encarrapitados nelas, enquanto esperam pela mesa do restaurante onde vão saborear o sarrabulho.
Na minha opinião, com estes enfeites - onde abundam as placas com o nome do Presidente de Câmara - a vila de Ponte de Lima corre o risco de tomar o aspecto dum parque de diversões descaracterizado, "engraçadinho" e, cada vez mais, distante da seriedade que se espera dum centro histórico de raízes medievais.

1 comentário:

Anónimo disse...

Deixa-me ver o teu CV.
Ah... já o conheço.