05/09/12

Regresso às aulas

Semanas antes de as férias terminarem, já a publicidade, televisiva e não só, nos entupia os olhos e os ouvidos com promessas e cantigas relacionandas com o regresso às aulas.
Ontem, foi para mim e para milhares de professores o dia do regresso à escola e do início da preparação do ano letivo.
Até aqui, nada de especial, além das tradicionais reuniões e da multidão de documentos a elaborar, alguns deles realmente necessários e produtivos.  
O que, de facto, foi novo neste arranque do ano escolar foi o brutal despedimento coletivo de professores.
Graças à ação persistente dos sindicatos da FENPROF, as televisões e os jornais vão divulgando números brutais e não conseguem esconder a afluência aos Centros de Emprego. Mas na realidade de cada escola (de todas as escolas), mais do que os números, vivem-se as situações concretas dos colegas de trabalho que fazem falta para o funcionamento dum sistema educativo que continuamos a querer público, democrático e da qualidade.
Aqui, em cada escola, os professores despedidos sem necessidade nem justa causa têm nome, têm rosto,têm amigos que conhecem a sua situação familiar, têm alunos que vão perguntar por eles e, sobretudo, têm provas de competência evidenciadas por anos de trabalho. 

1 comentário:

Graciete Rietsch disse...

Olá Eduardo
Triste regresso às aulas este.
O que será do nosso ensino, das nossas criança, do nosso futuro?
Tanta luta espera os que sinceramente desejam uma verdadeira alternância a esta política de Morte!!!!!!!

Um beijo.